
O Tesouro Nacional confirmou que Barreiras terminou 2024 como o 42º município mais endividado do país, exatamente como alertou o economista George Lelis antes das eleições. À época, aliados do então prefeito Zito Barbosa tentaram descredibilizar o estudo. Hoje, os números oficiais deixam pouco espaço para dúvida.
Agora, mesmo com o alerta confirmado, informações extraoficiais apontam que a Prefeitura articula um novo empréstimo de cerca de R$ 160 milhões a ser enviado à Câmara Municipal. Se aprovado, o endividamento cresce ainda mais e pode comprometer por anos a capacidade de manter serviços básicos.
A Dívida Consolidada Líquida já coloca Barreiras em posição de atenção nacional. Ignorar esse quadro e buscar nova operação de crédito levanta questionamentos: quem será beneficiado? E quem pagará a conta?
A ampliação do passivo pode estrangular áreas essenciais como saúde, educação, infraestrutura e assistência social. Enquanto a dívida sobe, a população pode ser obrigada a lidar com a redução de investimentos e piora na oferta de serviços públicos.
A Câmara Municipal terá papel fundamental. Ao aprovar o empréstimo, assumirá corresponsabilidade direta pelo possível agravamento do quadro financeiro. Apoiando um caminho que pode tornar o município ainda mais refém das dívidas.
Com a confirmação oficial do Tesouro, a pergunta se impõe: por que insistir em novas dívidas quando o alerta foi feito e agora se comprova? Transparência e debate público são indispensáveis. Afinal, o futuro fiscal de Barreiras, e a qualidade dos serviços oferecidos à população, está em jogo.