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IV Simpósio de Cuidados Paliativos do HGRS reforça a importância de um olhar integral para o paciente

O Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) sediou, nesta quinta-feira (9), o IV Simpósio de Cuidados Paliativos, reunindo profissionais da saúde, resid...

Redação
Por: Redação Fonte: Secom Bahia
09/10/2025 às 13h50
IV Simpósio de Cuidados Paliativos do HGRS reforça a importância de um olhar integral para o paciente
Foto: Ascom/HGRS

O Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) sediou, nesta quinta-feira (9), o IV Simpósio de Cuidados Paliativos, reunindo profissionais da saúde, residentes e estudantes para discutir práticas, desafios e avanços dessa abordagem essencial ao cuidado do paciente.

O evento, promovido em parceria com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), tem como propósito ampliar a compreensão sobre cuidados paliativos e sua aplicação em diferentes contextos da medicina e da vida, além de abordar a política nacional de cuidados paliativos (CP), que propõe o acesso universal ao serviço.

A diretora da Gestão do Cuidado e Inovação, Carolina Guerreiro, lembrou do início da implantação do serviço, uma das primeiras unidades do estado que passou a oferecer o CP e destacou o importante trabalho desempenhado pela equipe multidisciplinar, que tem “agregado muito no cuidado do paciente”.

A médica Karoline Apolônia, referência da Sesab na área, ressaltou que o termo “cuidados paliativos” vai muito além da ideia de “amenizar” a dor. Para ela, o nome em português não traduz bem a profundidade do conceito. “Se voltarmos à origem, a palavra ‘paliar’ vem do latim pallium, que significa manto — aquele que os cavaleiros usavam nas cruzadas para se proteger das intempéries da natureza. Então, cuidar paliativamente é justamente isso: oferecer um manto de proteção, acolhendo e aliviando o sofrimento de quem enfrenta algo que vai além do nosso controle”. explicou.

A essência do cuidado: resgatar o sentido de vida

Segundo Karoline Apolônia, o cuidado paliativo não é apenas para o fim da vida, mas para toda pessoa que viva com uma condição que traga sofrimento e ameace a continuidade da vida — sejam doenças genéticas, degenerativas, neurológicas, dentre outras.

“Uma criança com uma síndrome genética, uma pessoa com sequelas neurológicas de um AVC, alguém com uma doença crônica incapacitante — todos podem se beneficiar de um olhar paliativo. O objetivo é aliviar sintomas, reduzir sofrimento e promover qualidade de vida, mesmo diante de limitações que a medicina não pode curar”, ressaltou.

A médica reforçou que o plano de cuidados precisa ser sempre personalizado, construído com o paciente, a família e a equipe multiprofissional. Ela acrescentou que cuidar paliativamente é olhar o outro em todas as dimensões — física, psicológica, social e espiritual. É oferecer presença, escuta e sentido”.

Encerrando sua fala, Karoline Apolônia sintetizou o papel do profissional paliativista com sensibilidade: “o paliativista é quem acompanha a jornada da travessia do adoecimento. Se você enfrenta uma doença que causa sofrimento, alguém precisa se importar com você para além da doença. Essa é a função de quem cuida paliativamente: estar junto, acolher, aliviar e caminhar junto com o outro até onde for possível.”

Fonte

Ascom/HGRS

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