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Inema atua na proteção da preguiça-de-coleira no Litoral Norte

O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) vem apoiando ações voltadas à conservação da preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus) na r...

Redação
Por: Redação Fonte: Secom Bahia
21/10/2025 às 15h42
Inema atua na proteção da preguiça-de-coleira no Litoral Norte
Foto: Divulgação/ Ascom Sema|Inema

O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) vem apoiando ações voltadas à conservação da preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus) na região do loteamento Floresta de Aruá, em Mata de São João. A iniciativa é conduzida pela equipe técnica do Posto Avançado Instituto Preguiça de Coleira, que realiza o monitoramento de indivíduos por meio de mochilas de localização, registros de ocorrência e atividades de educação ambiental junto às comunidades locais, em parceria com o Instituto Preguiça-de-coleira.

A preguiça-de-coleira é uma das espécies mais ameaçadas da Mata Atlântica, e o Litoral Norte da Bahia representa um dos últimos refúgios naturais desse animal. No mundo, são conhecidas sete espécies de preguiça, sendo seis delas encontradas no Brasil. Essa espécie, em especial, habita fragmentos de Mata Atlântica localizados dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) do Litoral Norte da Bahia.

“A preguiça-de-coleira é uma espécie ameaçada de extinção, principalmente em razão da perda acelerada de seu habitat natural. Fatores como o avanço urbano, a expansão imobiliária e a implantação de redes de transmissão de energia contribuem para a fragmentação das áreas de floresta, reduzindo cada vez mais os remanescentes onde esses animais podem viver e se reproduzir”, explicou a gestora da APA Litoral Norte e coordenadora do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica da Bahia (CERBMA/BA), Adriana de Castro

Ela também destacou que com o apoio do Inema, o projeto realiza o monitoramento individual das preguiças identificadas na região. “Cada animal recebe uma pequena mochila com rastreador GPS, que emite sinais e permite mapear seus deslocamentos e as áreas de risco. É fundamental que estejamos atentos à conservação dos habitats remanescentes, garantindo espaços adequados para a sobrevivência e o desenvolvimento dessa espécie”, acrescentou.

A presidenta do Instituto Preguiça-de-coleira, Luciana Veríssimo, ressaltou que até o momento, 12 preguiças já foram monitoradas com mochilas equipadas com GPS. “Além do monitoramento, o projeto busca aproximar a comunidade da conservação. Por meio de trilhas, os visitantes têm a oportunidade de conhecer de perto a espécie e entender sua importância ecológica. Um destaque é o Projeto Ciência Cidadã Preguiça-de-Coleira, que reúne moradores de 14 comunidades, além de participantes de condomínios, hotéis e pousadas, em um grupo de WhatsApp. Esses cidadãos nos auxiliam reportando avistamentos e ocorrências de preguiças, funcionando como verdadeiros cientistas parceiros. As informações compartilhadas têm sido fundamentais para mapear áreas de ocorrência, identificar ameaças e orientar ações de proteção da espécie”.

Também chamada de aipixuna ou preguiça-preta, a preguiça-de-coleira do Nordeste ocorre exclusivamente nos estados da Bahia e de Sergipe. Listada como “Vulnerável” na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), ela é a maior representante do gênero, podendo atingir até 10 quilos e mais de 70 centímetros de comprimento.

Penalidade – O artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais fica restrito ao tipo penal referente a ações que envolvem a morte ou a captura do animal. O artigo 29-A contempla ações referentes ao comércio ilegal de animais silvestres, classificado a prática como crime qualificado. Já no artigo 29-B estão contempladas a definição de fauna silvestre e as causas especiais de aumento de pena.

Fonte: Ascom/ Sema-Inema

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