
Para promover a capacitação e o intercâmbio de conhecimentos sobre as melhores práticas para a cultura do algodão no Sudoeste da Bahia, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) realizou ontem (18), no município de Guanambi, um seminário com foco na sustentabilidade, agricultura regenerativa e defesa fitossanitária. O objetivo é discutir desafios e perspectivas do cultivo, além de garantir o aumento da produtividade e a inclusão da agricultura familiar.
O evento reuniu, no auditório da Escola Municipal do Campo Pedro Barros Prates, cerca de 150 pessoas, entre produtores rurais, estudantes de agronomia, técnicos agrícolas, extensionistas rurais, pesquisadores, agrônomos e profissionais interessados na cadeia produtiva do algodão.
Na oportunidade, foram discutidas e apresentadas tecnologias sustentáveis para a captação e conservação de água, com ênfase em tecnologias sociais, adaptadas às condições do semiárido. A programação também incluiu um debate sobre o papel da assistência técnica e extensão rural (ATER) e a aplicação do conhecimento científico no fortalecimento da agricultura familiar.
O seminário é uma realização conjunta entre a ADAB, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (ABAPA), o FUNDEAGRO, com apoio de instituições parceiras como Bahiater, IF Baiano, UESB, Unimontes, IF Norte de Minas.
Para o fiscal estadual agropecuário e coordenador do Projeto Fitossanitário do Algodão, Nailton Souza, o seminário mostra a união entre produtores, defesa agropecuária e poder público para fortalecer a cotonicultura no sudoeste baiano. “Ver os pequenos produtores participando, apresentando seus problemas e buscando alternativas para ampliar suas áreas e melhorar a produtividade é indescritível. A presença da Adab, integrando pesquisa, ensino e assistência técnica mostra que, com parceria e planejamento, os resultados virão em pouco tempo para a região”, considera Souza.
Importância
Segundo maior produtor nacional de algodão, a Bahia produziu, na safra 2024/2025, um total de 816,3 toneladas de algodão beneficiado (pluma), com produtividade de 2,04 mil quilos por hectare. Cerca de 98% da produção está concentrada na região Oeste, mas o Sudoeste da Bahia apresenta um potencial crescente para a atividade e, com a participação da agricultura familiar, se torna cada vez mais relevante.
No entanto, a produtividade na região enfrenta barreiras significativas, como desafios tecnológicos, climáticos e, em especial, a gestão eficiente do controle de pragas como o bicudo-do-algodoeiro. A superação desses obstáculos exige a integração de conhecimentos científicos e práticos, com foco em tecnologias sustentáveis, a conservação de água e o fortalecimento de ações de assistência técnica e extensão rural.
"A produção de algodão na Bahia é hoje uma das atividades agrícolas mais relevantes para a economia do nosso estado, gerando emprego e renda para milhares de famílias, desde pequenos até grandes produtores. Por isso, a ADAB tem intensificado as ações de educação sanitária e de fiscalização agropecuária, trabalhando lado a lado com o setor produtivo para garantir a qualidade, a segurança e a competitividade da nossa cotonicultura. Nosso compromisso é fortalecer essa cadeia, promover sustentabilidade e assegurar que a Bahia continue avançando como referência nacional na produção de algodão”, avalia o diretor de defesa vegetal da Adab, Vinícios Videira.
Fonte
Ascom/Adab